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Olhar Olímpico

Conheça os 'Jogos dos Pequenos Países da Europa', onde quem é nanico faz a festa

Demétrio Vecchioli

05/06/2017 04h00

Delegação de San Marino é recebida no Estádio Olímpico

Chegou ao fim, no fim de semana passado, aquela que é a menor competição poliesportiva entre países do mundo. Nove nações nanicas se reuniram em San Marino para os Jogos dos Pequenos Países da Europa, que tiveram vitória de Luxemburgo no quadro geral de medalhas. Por média populacional, porém, os donos da casa brilharam. Ganharam 30 medalhas, praticamente uma para cada 32 mil habitantes do país, que contabiliza 549 mil pessoas.

Esta foi a 19ª edição dos Jogos dos Pequenos Países da Europa, que são realizados a cada dois anos, sempre em uma sede pré-definida. Participam Andorra (85 mil habitantes), Chipre (1,141 milhão), Islândia (321 mil), Liechtenstein (36 mil), Luxemburgo (549 mil), Malta (416 mil), Mônaco (35 mil), Montenegro (631 mil) e San Marino (32 mil).

Exceto a Islândia, que tem território oito vezes maior do que o de Montenegro (segundo mais extenso), esses são oito dos 10 menores países da Europa em extensão territorial. Vaticano (o menor deles, que não tem comitê olímpico nacional) e Kosovo (só recentemente aceito pelo Comitê Olímpico Internacional) são os ausentes.

Apesar de contar com apenas 2,5 mil km², Luxemburgo é uma potência na competição. Em San Marino, ganhou 98 medalhas, contra 84 do Chipre e 60 da Islândia. Desde 1999, os três países se revezam nas três primeiras colocações. Em casa, os islandeses ganharam em 2015, enquanto Luxemburgo levou a melhor em 2013, também em casa.

Nos Jogos Olímpicos, claro, não é assim. Luxemburgo tem só duas medalhas olímpicas, uma única de ouro, conquistada em 1952. O Chipre ganhou uma de prata, em 2012, na vela, enquanto a Islândia se orgulha de ter quatro medalhas olímpicas, sendo duas de prata e duas de bronze. San Marino, Andorra, Malta, Mônaco e Liechtenstein ainda estão zerados.

Em San Marino foram disputadas 13 modalidades, em quatro dias: tiro com arco, atletismo, basquete, boliche (única não olímpica), ciclismo mountain bike, ciclismo de estrada, judô, tiro ao prato, natação, tênis de mesa, tênis, vôlei, vôlei de praia e tiro esportivo.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.