Santos monta time de basquete e sonha rivalizar com Corinthians

O exemplo bem-sucedido do Corinthians, atual campeão brasileiro feminino de basquete, fez com que o Santos também resolvesse apostar na modalidade. Recém-formada, a equipe apoiada pelo clube da Vila Belmiro está brigando pelo título do Campeonato Paulista e busca patrocinadores para disputar a próxima edição da Liga de Basquete Feminino (LBF), que começa em janeiro – você pode ler mais sobre a nova fase da LBF clicando aqui.

O time da prefeitura de Santos existe há 17 anos, sempre treinado pela técnica Carmen Lúcia, mas alcançou novo patamar depois que Fundação Pro-Esporte de Santos (FUPES) fechou um acordo com o Santos para que suas equipes passassem a utilizar o uniforme alvinegro.

Pelo modelo de parceria, a FUPES usa o nome e a marca do Santos para buscar patrocinadores, enquanto que o clube ganha exposição. É o mesmo modelo de negócio do Sada/Cruzeiro, multicampeão no vôlei, e do Corinthians/Araraquara, que ganhou a LBF no basquete.

Acreditando na viabilidade do time, a FUPES destinou R$ 200 mil para bancar o time feminino de basquete durante 2017. Nas contas da ex-judoca olímpica Danielle Zangrando, diretora técnica da fundação, é necessário pelo menos o dobro disso para jogar a LBF da próxima temporada.

"Com 500 mil a gente vai poder participar, mas não sei se dá para chegar entre os primeiros. É um passo de cada vez", diz Daniele, que comanda um orçamento de R$ 3 milhões na FUPES.

Apesar do recurso escasso para o ano, o Santos fez contratações de peso depois da LBF. Acertou com a ala Palmira, que disputou os Jogos Olímpicos do Rio, e a pivô Letícia Rodrigues, líder em rebotes na LBF passada.

"O litoral do estado tem um centro de basquete forte, muitas atletas moram na região, e não é segredo pra ninguém que o basquete feminino anda mal das pernas. As atletas precisam jogar quando a Liga acaba e aqui oferecemos uma estrutura digna pra aquilo que elas precisam no momento. As atletas que hoje estão aqui é porque resolveram acreditar nesse novo projeto", diz Pedro Custódio, assistente técnico do time.

No Paulista, que começou logo após o fim da LBF e sem os times que disputaram a competição nacional, o Santos divide a liderança com o Jundiaí. O ADC Bradesco e o Catanduva também estão na competição. No segundo semestre deve ser jogado outro torneio estadual, aí com a presença de Corinthians/Americana, Santo André e Presidente Venceslau.

Caso o Paulista do segundo semestre seja confirmado com sete times, seria uma vitória importante do basquete feminino, que chegou a correr risco de ficar sem seu único estadual de lato rendimento nos últimos anos por falta de participantes.29