Confederação de Tênis nega que tenha pagado propina a senador por patrocínio
A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) emitiu comunicado nesta sexta-feira para negar envolvimento em uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a procuradoria, o senador Romero Jucá (PMDB-PR) teria recebido propina para favorecer intermediar um contrato de patrocínio esportivo dos Correios com a CBT.
Em nota, a CBT disse que "todas as verbas que recebeu foram desembolsadas única e exclusivamente com o fomento do tênis em todo o Brasil" e citou que "o contrato de patrocínio do Correios determina de maneira detalhada a finalidade para qual deverá ser destinada cada quantia investida na modalidade".
A CBT ainda lembrou que "todos os desembolsos relativos ao patrocínio são fiscalizados pelo TCU e órgãos internos dos Correios" e que a prestação de contas sempre foi aprovada. A entidade ainda repudiou "toda e qualquer inverídica alegação", manifestando, entretanto, seu "total apoio e interesse pela apuração profunda dos fatos, através dos órgãos competentes".
A denúncia não envolve o atual presidente da CBT, Rafael Westrupp, mas seu antecessor e padrinho político, Jorge Lacerda. Ele já é alvo de processo na vara criminal por desvios de recursos públicos, após pedido feito pelo Ministério Público Federal. Em 2014, o UOL denunciou que Lacerda utilizava verbas da CBT para pagar contas pessoais. O blog tentou contato com ele nesta sexta-feira, sem sucesso.
Já os Correios afirmaram, em nota, que só tiveram conhecimento dos fatos pela imprensa e ainda não conhecem detalhes sobre o assunto. "A empresa estará à disposição das autoridades para auxiliar no que for necessário", completou a estatal, em breve comunicado.
Na quinta, a PGR pediu ao STF a abertura de inquérito para investigar o senador Romero Jucá pela suspeita dos crimes de peculato e corrupção. De acordo com a procuradoria, o senador foi citado no depoimento de uma ex-contadora da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) em 2014, em um procedimento que apura desvios de recursos públicos na entidade. Ele teria cobrado 10% de propina para intermediar as negociações entre os Correios e a CBT.
Em nota, a assessoria do parlamentar informou que Jucá vai prestar esclarecimentos à Justiça. "Em relação a inquérito aberto hoje pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o senador Romero Jucá afirma que ainda não teve conhecimento do processo mas está à disposição da Justiça para esclarecimentos", diz o texto.
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