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Olhar Olímpico

Governo cobra quase R$ 200 mil para alugar centro olímpico para o vôlei

Demétrio Vecchioli

19/05/2017 10h00

Alexandre Loureiro/Inovafoto

Uma semana depois de abrir edital para a cessão dos equipamentos do Parque Olímpico da Barra, a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), órgão ligado ao Ministério do Esporte, definiu o preço para o primeiro contrato de aluguel do legado. Para usar o Centro Olímpico de Tênis por cinco dias, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) vai ter que gastar pelo menos R$ 190 mil.

O Centro Olímpico de Tênis está sendo casa da etapa do Rio do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, que começou na quarta-feira e vai até domingo. Em troca de utilizar o espaço, a CBV terá que construir quadras permanentes de areia, para as quais vai doar o equivalente a R$ 130 mil em areia, além de outros itens necessários. O local de construção dessas quadras, dentro do Parque Olímpico, ainda será definido pela AGLO.

Além disso, a AGLO cobrou contra compartida a "doação" de 20% da receita liquida da bilheteria total do evento ou, no mínimo, R$ 60 mil "em serviços que contribuam com a melhoria da infraestrutura de arenas administradas
pela AGLO".

O blog apurou com o Ministério do Esporte e a CBV que as duas partes concordaram que o pagamento será em serviços, como a instalação de luzes de emergência, que não foram colocadas na Olimpíada porque havia geradores de energia reservas. Já o Ministério do Esporte informou que a taxa de 20% não será padrão para o aluguel do espaço, o que vai depender do evento.

Esta será a segunda vez que o Centro Olímpico de Tênis será utilizado após a Olimpíada. A primeira também foi pela CBV, que realizou lá uma manhã de jogos amistosos de vôlei de areia. À época, acertou com o ministério instalar guarda-corpos nas arquibancadas – a AGLO ainda não havia sido instituída e o edital não estava aberto.

Como mostrou o Olhar Olímpico na semana passada, essa será a primeira vez que a CBV cobrará ingresso para um torneio de vôlei de praia no Brasil. As entradas para as semifinais e finais da etapa, no sábado e no domingo, saem por R$ 40.

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.