#Olimpílulas: Corinthians corta investimento e perde espaço na natação

Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Com cinco nadadores, o Corinthians foi o terceiro clube que mais teve atletas convocados para defender o Brasil na natação dos Jogos do Rio. Passada a ressaca olímpica e o fracasso que foi a participação na natação brasileira em casa, o time paulistano agora é mero coadjuvante. Prova disso foi o modesto quarto lugar no Troféu Maria Lenk, encerrado no sábado no Rio.

Se até o ano passado o Corinthians brigava de igual para igual com Pinheiros e Minas Tênis Clube pelos títulos gerais dos principais torneios nacionais, este ano o clube de Parque São Jorge amargou um quarto lugar, com menos da metade dos pontos conquistado pela Unisanta, agora a terceira força nacional.

O resultado é um reflexo do corte no investimento feito pelo Corinthians na natação neste novo ciclo olímpico. A verba disponível para a modalidade foi reduzida em cerca de 80% e atletas olímpicos como Leonardo de Deus, Felipe França e Thiago Simon nem teriam sido chamados para conversar sobre a renovação – os três foram para a Unisanta. Além deles, Natália de Luccas seguiu para o Pinheiros.

Só restou no clube Brandonn Almeida, que vai estudar nos Estados Unidos a partir do segundo semestre e preferiu continuar no Corinthians, mesmo recebendo menos do que pagam os hoje três grandes clubes da natação brasileira.

Brandonn virou o expoente de um clube que agora é basicamente formador. Exceção a Arthur Pedroso (nascido em 1995) e Gabriela Albuquerque (1996), todos os demais nadadores do clube têm no máximo 20 anos.

Junto com o Corinthians, agora rival de Grêmio Náutico União (GNU) e SESI-SP na briga entre o quarto e o sexto lugares, também perdeu o espaço o Flamengo.  O clube não conseguiu manter Luiz Altamir, que foi para o Pinheiros, e terminou no 10.º lugar. Em 2016, havia sido o sétimo.