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Olhar Olímpico

Conheça 10 brasileiros que brilham em outras versões de Champions Leagues

Demétrio Vecchioli

03/05/2017 04h00

A Liga dos Campeões da Europa chega à sua reta final atraindo a atenção do mundo todo para Real Madrid, Atlético de Madrid, Juventus, Monaco e uma legião de brasileiros que tentam vaga na grande decisão: Daniel Alves, Filipe Luis, Marcelo, Casemiro, Fabinho… Enquanto isso, muitos outros brasileiros brilham nas Champions Leagues de outras modalidades e também no futebol feminino. O Olhar Olímpico escolheu 10 deles:

Duda

Eleita melhor jogadora de handebol do mundo em 2013, Duda comanda o Györi Audi ETO, da Hungria em busca do terceiro título da Champions League, depois das conquistas de 2013 e 2014. Na campanha até o Final Four, que será disputado no próximo fim de semana em Budapeste, ela é a terceira maior artilheira do time. Um feito e tanto para quem concorre, de novo, ao prêmio de melhor defensora da Champions. No ano passado, Duda venceu. Você pode votar aqui, mas para chegar até a eleição da qual Duda participa é necessário antes votar nas sete titulares da seleção ideal.

Haniel Langaro 

Talvez o mais desconhecido desta lista, Haniel tem só 22 anos e está em sua segunda temporada pelo Naturhouse La Rioja, da Espanha. O time dele foi eliminado no mata-mata da Liga dos Campeões de handebol, pelo Nantes (França), mas Haniel se destacou com 57 gols, sendo o segundo principal artilheiro do time. Agora, ele concorre para estar no All-Star Team da temporada como "melhor jovem jogador". Além do brasileiro, há outros quatro candidatos e a votação acontece pelo site da Champions. Você pode ajudar votando: basta clicar aqui.

Rogério

Foi na Macedônia que começou a carreira internacional de Alexandra, depois eleita a melhor do mundo, e também é lá que mora o pivô Rogério. Aos 22 anos, o jogador de 2,04m e 118kg defende o Vardar e é o único brasileiro entre no Final Four na Champions League de handebol. Natural de Abaetetuba, no Pará, ele marcou três gols nos dois jogos de mata-mata contra o Flensburg-Handewitt, da Alemanha. Com Barcelona, PSG e  Telekom Veszprém, da Hungria, o Final Four será em junho, em Colônia, na Alemanha.

Felipe Perrone

Eleito pela mídia especializada como o melhor jogador da temporada passada, Felipe Perrone segue brilhando no Jug Dubrovnik, atual campeão da Champions League de polo aquático. Com Perrone e Josip Vrlic, croata que defendeu o Brasil no Rio-2016, o Jug está no Final Six, que vai acontecer no final de maio. Enfrentará o Olympiakos, da Grécia, em busca de vaga para pegar o Pro Recco, da Itália, na semifinal. Aqui, porém, vale um asterisco. Ao que tudo indica, Perrone vai voltar a defender a seleção de polo, ainda que seja brasileiro.

Hugo Calderano

No 22.º lugar do ranking mundial, Calderano fez bonito na Champions League de tênis mesa. A competição é parecida com a de outras modalidades com bola, com a diferença que cada jogo é composto por cinco partidas de simples. Liderado pelo brasileiro, o TTF Liebherr Ochsenhausen, da Alemanha, foi o segundo do seu grupo, mas parou nas oitavas de final, diante do finalista Borussia Dusseldorf, também alemão. O Borussia já havia eliminado o KST Energia – Manekin Torun, da Polônia, onde joga Cazuo Matsumoto.

Maurício Borges

Campeão olímpico, Maurício Borges foi o melhor entre os brasileiros que jogaram a Champions League de vôlei, ainda que sua participação não tenha sido brilhante. Maurício anotou 103 pontos em 10 partidas, mas o time dele, o Arkas Azmir, da Turquia, parou na primeira rodada do mata-mata, com duas derrotas por 3 a 0 para o Dínamo Moscou. Lipe, outro campeão olímpico, não passou da primeira fase com o Halkbank Ankara, também da Turquia.

Thaisa

A grave lesão no tornozelo sofrida por Thaisa no início de abril a impediu de tentar ajudar o Eczacibasi Vitra Istambul no Final Four da Champions League de vôlei feminino, disputado em Treviso (Itália), na semana retrasada. Sem a central, nona melhor bloqueadora do torneio, o Eczacibasi Vitra ficou com o bronze. Na fase anterior, com Thaisa, a equipe havia eliminado o rival Fenerbahce, de Natália, que fez a parte dela com 44 pontos na soma das duas partidas e uma altíssima média de 5 pontos por set no torneio. O título foi para outra equipe da Turquia, o Vakibank Istambul.

Clarissa

Em sua primeira temporada na França, Clarissa fez ótima temporada pelo Tango Bourges Basket, eliminado nas quartas de final da EuroLeague feminina de basquete pelo Dínamo Kursk, da Rússia, que viria a ser o campeão. Ela fechou o torneio como quinta melhor em rebotes (8,2 em média) e em 16.º lugar em média de pontos por jogo (13,1). Saiu-se muito melhor que a veterana Erika, que, de volta ao Perfumerias Avenida, da Espanha, fechou a temporada com 8,5 pontos e 6,6 rebotes, em média. O time dela caiu também nas quartas de final, para outro finalista, o Fenerbahce.

Augusto Lima

Contratado pelo Real Madrid no início do ano passado, Augusto Lima não conseguiu se firmar no time espanhol e acabou emprestado ao Zalgiris Kaunas, da Lituânia, onde se recuperou e fez boas apresentações na EuroLeague de basquete. O time dele caiu na primeira fase, mas Augusto conseguiu uma média de 14 minutos em quadra, com 4,59 pontos e 3,7 rebotes. Vitor Faverani, outro pivô, chegou ao Barcelona já na segunda metade da temporada, mas acabou com números até melhores que de Augusto: 7,7 pontos e 4,2 pontos. O único brasileiro a chegar aos playoffs foi Rafa Luz, mas sempre jogando pouco (7,3 minutos) pelo Baskonia, da Espanha.

(Aurelien Meunier/Getty Images)

Cristiane

Com seis gols em sete jogos, Cristiane é a artilheira do finalista Paris Saint-Germain na versão feminina da Uefa Champions League. É o terceiro ano que o time francês chega bem, depois de ser vice em 2015 e perder na semifinal de 2016. Agora, fará a final contra o Lyon em Cardiff (Pais de Gales), em 1.º de junho, em busca de um título inédito. Desde que chegou ao time, no meio da temporada, Formiga virou titular absoluta do PSG e poderá adicionar essa conquista ao currículo. Cristiane já está vendida para o futebol chinês e quer encerrar sua passagem por Paris com chave de ouro.

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.