Plano de legado do Parque Olímpico tem de evento nerd a Carioca de Futevôlei
A recém-criada Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) apresentou nesta quarta-feira à Câmara dos Deputados parte do plano de legado para o Parque Olímpico da Barra, na zona Oeste do Rio, que foi o "coração" da Olimpíada. Entre os eventos planejados estão o Campeonato Carioca de Futevôlei e um festival nerd de e-sports paralelo ao Rock in Rio, que irá acontecer na área do parque, em setembro.
Em audiência pública da Comissão de Esporte da Câmara, o presidente da AGLO, Paulo Márcio Dias Mello contou que o Espaço Game XP deve ficar nas Arenas Carioca 1 e 2. O evento já havia sido anunciado pelos organizadores do Rock in Rio e da Comic-Con, no início do mês.
Antes do Rock in Rio, Mello quer trazer ao Velódromo o Campeonato Mundial Júnior de Ciclismo de Pista, programado para agosto. Em maio, o local será reaberto com o Campeonato Carioca. O presidente da AGLO ainda contou que a areia instalada no Centro Olímpico de Tênis para um evento de vôlei de praia promovido pela Rede Globo será utilizada também no Campeonato Carioca de Futevôlei. Já as Arenas Cariocas deverão ser sede de um torneio de jiu-jitsu até o fim do ano – essas datas não foram reveladas na audiência.
Além da atração de eventos, a AGLO, que substituiu a Autoridade Pública Olímpica (APO), tem buscado recursos na iniciativa privada. "Nós temos procurado vender os naming rights. Isso amenizaria a quantidade de investimentos. Isso tem sido feito, essa busca constante. Nesse primeiro plano a gente precisa dar atividade ao legado. Aí num segundo plano, ou em paralelo, começar a buscar recursos para amenizar os investimentos públicos", comentou, admitindo, porém, que primeiro é necessário demonstrar à iniciativa privada a viabilidade econômica dos equipamentos.
Mello ainda negou que a autarquia seja grande e cara demais. "Hoje tenho uma unidade gestora, com uma verba orçamentária que eu tenho controle, ainda que esteja com o ministério ainda. Eu preciso primeiro de um CNPJ, uma estrutura física. Pegamos um consórcio com 180 (a APO) e hoje temos um órgão executor com 75 cargos", explicou, citando uma economia de R$ 9,7 milhões para a União na comparação com a APO.
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